quarta-feira, 30 de outubro de 2013

#MOSTRASP - ESTAÇÃO LIBERDADE

O filme do Caito Ortiz tem uma boa história e trata de um tema pouco explorado no cinema brasileiro que é a imigração japonesa. Um povo com tamanha carga de sofrimento, luta e cultura deveria estar mais presente nos retratos da produção nacional.

A ambientação do filme se passa no bairro da Liberdade e no metrô da cidade de São Paulo. Primordialmente, Caito optou por um desenrolar de sua história na noite misteriosa do centro velho, um lugar degradado e preso a seu passado, assim como o personagem central do filme o "japonês Mario".

O japonês recebe uma carta misteriosa escrita em japonês, acompanhada de uma foto sua quando criança no colo de seu pai que voltou ao Japão e nunca mais deu notícias. O recebimento da carta mexe com a rotina de Mario que passa a vagar sem destino pelas ruas escuras de um decadente bairro da Liberdade. Nestas andanças ele encontra pessoas que servem-lhe de sinal de uma caminho para reencontrar a sua história.

Como citei no início é uma bela história. O que me incomodou foi uma montagem muito entrecortada na questão temporal. Já vi filmes que trabalham a questão da cronologia inversa no roteiro e tempo não linear. Até entendi o rumo que quiseram dar a história, mas principalmente em seu início, Estação Liberdade dá uma exagerada na dose, o que para um expectador menos concentrado pode causar certo cansaço. 

Do meio até o fim do filme como a vida de seu personagem (seria isso a licença estética?) o filme entra no eixo e passa a ser menos instável no tocante a linearidade da narrativa.



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