segunda-feira, 25 de julho de 2011

MEIA NOITE EM PARIS

Assistimos ontem ao filme "Meia noite em Paris" do velho Woody Allen. Confesso que sai do cinema pensando o seguinte: Mesmo quando Woody tenta fazer um filme ruim, ele faz um filme bom.


Porque isso? Aparentemente a produção é uma daquelas que se dedicam a mostrar o lado turístico de uma cidade, com belas imagens da capital francesa e com uma ponta da primeira dama do país. Todos os requisitos para se pensar que o filme é uma propaganda descarada de Paris, MAS, Woody Allen nos surpreende com uma trama psicológica, nos questionando sobre a real validade dos nossos desejos.


Guil é um roteirista e um quase escritor frustado, que tem tudo na vida: Vai se casar com uma gata rica, é um profissional reconhecido em Hollywood, mas que gostaria que sua vida fosse em um passado distante nos anos 20 do século passado e ainda mais em Paris.


Este apego a um passado não vivido o prende para viver o próprio presente, de buscar seus sonhos e realizar seus planos. Viver nos anos 20 seria para ele uma graça em uma época na qual ele se identifica mais do que seu próprio tempo.


A teoria de Allen no filme remete a um filme do próprio chamado "A Rosa púrpura do Cairo" e nos faz refletir em que medida não estamos querendo mascarar nossa vida, nos apegando a realidades fora da nossa própria realidade. Seja copiando os astros ou sendo um nostálgico de algo que não vivemos.


Vale a pena conferir e tirar as conclusões sobre os questionamentos do velho Woody Allen.



Título original: (Midnight in Paris)
Lançamento: 2011 (EUA, Espanha)
Direção: Woody Allen
Atores: Owen WilsonRachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy.
Duração: 100 min
Gênero: Comédia Romântica
Status: Em cartaz


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